VILA VERDE
As aventuras por Terras da Nóbrega do UPB
A ideia era fazer uma pequena caminhada como preparação “espiritual” para o magusto, pelo que procurámos um trilho pequeno e próximo do destino final: Vila Verde. O trilho escolhido, Trilho de Terras da Nóbrega, é um percurso pedestre denominado de Pequena Rota (PR) – aberto pela VALIMAR, e as respectivas marcação e sinalização deveriam obedecer às normas internacionais. Digo deveria porque tivemos imensa dificuldade em as seguir, sinal de falta de manutenção.
Este percurso localiza-se no Monte do Castelo de Aboim, mais precisamente na aldeia de Sampriz a cerca de 6 km a Este da sede de concelho de Ponte da Barca. É um percurso de âmbito paisagístico e cultural, nos limites dos Concelhos de Ponte da Barca e Vila Verde. A nossa primeira dificuldade foi encontrar o local de partida devido a pouca sinalização existente. Descobrir Sampriz foi a primeira aventura do dia.
Partindo da Junta de Freguesia de Sampriz, iniciámos o percurso. Por um caminho empedrado, por um caminho em terra batida e por caminhos carreteiros seguimos em direcção a Ventoselo. Na Capela da N.ª Sr.ª do Livramento fizemos uma curta paragem para descanso e para observar a paisagem que nos rodeia. Retomamos depois o caminho em direcção ao Castelo de Aboim. O percurso contorna o castelo pelo sopé, mas decidimos subir ao castelo e lá fazer a refeição. O Castelo de Aboím é castelo medieval, do qual apenas restam as fundações, situa-se no topo do majestoso monólito, num local estratégico que goza de uma excelente visibilidade, dominando por completo a paisagem. A sua história está ligada ao inícios da fundação de Portugal. Foi um castelo roqueiro, construído por Honorigo Honorigues, que por isso recebeu algumas terras de Afonso Henriques. Com a construção do Castelo do Lindoso perdeu a sua importância estratégica. Do castelo apenas restam alguns vestígios de alicerces. No local não existe qualquer informação para interpretação, apesar de existiram dois placares em inox. Sinal que o fornecedor dos placares é muito mais rápido que os restantes fornecedores. Eram visiveis diversos fogos em zonas florestais, sinal evidente do clima seco deste estranho Outono. Do castelo descemos por caminhos de pé posto até à estrada EN 351, para entrarmos no belo bosque de carvalhos. Aqui encontramos a melhor guia do dia, uma vaca barrosã com quem o Mamute simpatizou. No meio desse bosque encontramos vestígios de uma recente queimada. Como o chão ainda fumegava e os “sapadores do UPB” foram verificar se poderiam fazer algo. Para descargo de consciência decidimos alertar o 117. Como estava ocupado, toca a ligar para o 112 e lá nos passaram os bombeiros. Se foram lá não sabemos, mas fizemos o que deveríamos fazer. A parte final foi feita fora do trilho e por estrada. A vaca bem nos dizia para irmos por outros caminhos, mas sem sempre é bom seguir os caminhos que nos indicam. Quanto ao facto de ela ter sido melhor guia que o “guia” nomeado, só posso dizer em minha defesa que ela é que era de lá. Ela é que conhecia os caminhos. Eu apenas tinha o livro. Regressados aos carros, baptizamos os caloiros e fomos comer as “castanhas”.
Participantes:
Louro, Coxo, Sherpa, Arga, Fenda, Radical, Minhota, Pyrenaica, Rocas, Mamute, Cebolinho, Almocreve, Pescador, (filha do Pescador, caloira), Esteva, Térmico
Quanto ao MAGUSTO UPB (correu mt bem): queria agradecer à SEQUOIA pelo apoio na logística; ao Riacho pelo seu voluntarismo e à Sanabria como sempre, sempre disponivel para ajudar o UPB. Obrigado!
publicado às 13:28